Thursday, November 6, 2008

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Obama,
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in honor
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trago alguns dos artistas de Harlem Renaissance
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Sargent Claude Johnson (1888–1967)
Palmer C. Hayden (1890-1973)
Archibald John Motley, Jr. (1891-1981)
William Johnson (1901-1970)
Beauford Delaney (1901-1979)
Lois Mailou Jones (1905-1998)
Norman Lewis (1909-1979)
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Sargent Claude Johnson
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Palmer C. Hayden
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Archibald John Motley, Jr
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Após o final da I Grande Guerra, muitos soldados americanos negros regressaram a um país que continuava a cometer injustiças raciais. A grande emigração faz-se para as cidades do Norte, Harlem torna-se o núcleo cultural.
A Harlem Renaissance (Black Literary Renaissance ou New Negro Renaissance) germina em resultado das mudanças operadas na comunidade negra americana no pós-guerra.
Harlem, lugar de Jazz e Blues, e de uma orgulhosa geração afro-americana que, intelectualmente, agitou e mobilizou todas as artes, estendendo-se a todos os Estados e deixando o seu legado às gerações do porvir.
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William Johnson
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Beauford Delaney
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Norman Lewis
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I could take the Harlem night
and wrap around you,
Take the neon lights and make a crown,
Take the Lenox Avenue busses,
Taxis, subways,
And for your love song tone their rumble down.
Take Harlem's heartbeat,
Make a drumbeat,
Put it on a record, let it whirl,
And while we listen to it play,
Dance with you till day--
Dance with you, my sweet brown Harlem girl.
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Langston Hughes. Juke Box Love Song , 1950
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11 comments:

Zénite said...

Bonita homenagem.

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
Martin Luther King (Jr.)


"I have a dream..."
(de novo M.L.K.)


"Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
(...)"


A. Gedeão
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Finalmente, pela voz de silêncio dos bons – o voto -, a vitória sublime da razão clara
sobre o gelatinoso caos instalado pelo grito dos maus.

augusto, um entre mil said...

Como não estou de acordo em relação à vitoria de Obama
(ou serei já demasiado velha para acreditar em idealismos), lê o que retirei hoje de uma opinião no jornal O Sol.
Oxalá que o meu cepticismo seja coisa vã!

Um abraço

Mié said...

Bonita homenagem

Foi uma vitória do povo americano, todos sem excepção.

um beijo

SMA said...

As diferenças traz a riqueza... mesmo que haja sempre esta inaceitavel necessidade de homogeneizar tudo e todos
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adorei esta imagem das "Questões de género" - minha área
vou-te rouba-la :-)))

bjs Mestrina
foges
foges
muitoooooo

vieira calado said...

Muito boa postagem, a que hoje nos trouxe.

Cumprimentos

spring said...

Cara Teresamaremar!
Este post é na verdade belo, por tudo aquilo que nos é oferecido. Ao olhar estes quadros, recordamos a importância que o jazz teve para estas gerações de afro-americanos, nessa época em que eles tocavam em clubes de jazz como o Cotton Club em que eles faziam o espectáculo, mas estavam impedidos de ser espectadores.
Beijinhos
Paula e Rui Lima

Abruxo said...

Teresamaremar,
Vim aqui para lhe dizer que respondi hoje à sua questão sobre a localização das "aldrabas" que postei em 25Set08.
Mais vale tarde que nunca...
Aproveito para me associar à sua homenagem à sensatez manifestada pelo povo americano nas últimas eleições presidenciais...
Há ainda outras interrogações que se colocam sobre este tema Obama...
Conhece um texto recente do Mia Couto "E se Obama fosse africano"?
Um mimo para nos fazer reflectir.

Abruxo said...

Como não sei o seu Email, aqui lhe envio o texto do Mia couto que refiro no post anterior.

E se Obama fosse africano?
Por: Mia Couto
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.

Zénite said...

"Abensonhada" crónica, esta de Mia Couto, porque justa e isenta, como o são todas as que escreve. E "abensonhado" este Homem, filho da "Água-Mãe" (1) do Índico.

Gostei muito de ler.

(1)-Cidade da Beira, Moçambique (nas suas palavras).

Anonymous said...

Seu blog é muito bom!
Vou linka-lo no meu Varal para voltar mais vezes!

Abçs e parabéns!

vieira calado said...

Bem bonita, a sua postagem!

Desejo-lhe


BOM NATAL